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City x Cobalt: Grandes em espaço e preço

Sedãs com espaço extra no banco traseiro, Honda City e Chevrolet Cobalt disputam quem quer o conforto de um automático

05/02/2015 - Texto e Fotos: Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Apresentado em setembro de 2014, o novo Honda City cresceu e ficou com visual mais moderno. Seu câmbio CVT, de relações continuamente variáveis, também representou um avanço em relação ao antigo automático de cinco velocidades. Só que ele não é o único sedã espaçoso com câmbio automático disponível no mercado: o Chevrolet Cobalt está aí para provar isso.

Avaliado na configuração EX, o City custa R$ 66.700 e entrega itens como direção elétrica, ar-condicionado automático, vidros elétricos com função um toque para o motorista, volante com ajuste de altura e profundidade e rádio com conectividade via Bluetooth e USB. Já o Cobalt LTZ automático tem direção hidráulica, ar-condicional convencional, os vidros elétricos não possuem função um toque e o volante tem ajuste apenas de altura. Mais simples? Sim. Mas também é mais barato: R$ 60.630 e vem com o sistema multimídia MyLink de série.

Nas medidas, um empate. Ambos possuem 4,5 m de comprimento, 1,7 m de largura, 1,5 m de altura e 2,6 m de entre-eixos. O porta-malas do Cobalt é ligeiramente maior com 563 litros, contra 536 litros do City, que também tem menor peso. O sedã da Honda sai da fábrica com 1.126 kg, contra 1.137 kg do rival da Chevrolet.

Forma e função

O Chevrolet Cobalt já se tornou vista comum entre os táxis da capital paulista e motivos para isso não faltam. Relativamente mais barato, com a versão LT 1.4 de entrada custando R$ 50.320 (o City DX equivalente custa R$ 53.900), o modelo tem um visual quadrado e simples que prioriza seu principal atributo: o espaço interno tanto na frente quanto atrás, onde três adultos conseguem se acomodar sem esforço e sem dificuldades de acesso, já que o caimento de teto não compromete a altura da porta. Mas a grande grade dianteira e a traseira com linhas basicamente retas podem afastar alguns compradores particulares.

A Honda sabia disso quando desenvolveu a segunda geração do City nacional, que conta com um visual bem mais moderno e anguloso. A frente é mais baixa e pontuda que a do Cobalt, enquanto a traseira é mais alta. Além disso, o teto mais curvado aproxima o carro um pouco dos cupês (na aparência apenas). O carro fica mais bonito que o rival, mas sacrifica o acesso traseiro, que é mais baixo. Uma vez lá dentro, há espaço de sobra para as pernas. Para as cabeças, porém, nem tanto. E o terceiro passageiro tem mais trabalho para se acomodar no assento do meio.

Uma qualidade encontrada em ambos é o amplo porta-malas e a facilidade com a qual se acessa o bagageiro. Tanto no City quanto no Cobalt a abertura é ampla, enquanto o buraco para se colocar itens maiores é grande. Em outros sedãs onde esse acesso é menor, itens como televisões antigas são proibidos no porta-malas.

O Cobalt não esconde suas origens e pretensões mais humildes, pois mesmo nas versões LTZ há abundância de plásticos rígidos de cor mais clara para aumentar a sensação de amplitude. A diferença é que, na topo de gama, há um pequeno segmento ao lado do encosto de braço que é coberto por tecido.

Mas não se enganem, o City pode parecer mais bonito e bem feito por dentro pelo que se pode ver nas fotos, mas usa tanto plástico rígido quanto o rival. A diferença é que a tonalidade mais escura do habitáculo faz tudo parecer mais elegante. Os instrumentos digitais no console central também acrescentam essa sensação.

Ao volante

Todas as configurações do Honda City compartilham o mesmo motor: um 1.5 16V com comando variável de válvulas capaz de fornecer 116 cv e 15,6 kgfm com etanol. Na versão EX, o câmbio é um CVT, de relações continuamente variáveis, com a opção de simulação de trocas manuais por meio de borboletas atrás do volante. Apenas a configuração DX, de entrada, é equipada com um câmbio manual de cinco velocidades.

Já a Chevrolet oferece um 1.8 flex em sua configuração topo de linha, sendo que o propulsor maior é o único que pode receber o câmbio automático de seis velocidades com opção de trocas manuais por meio de um botão na alavanca. Mas não tire conclusões precipitadas: só porque o motor do Cobalt é maior não significa que seja mais potente. O propulsor gera apenas 108 cv com etanol por ter apenas 8V com comando simples no cabeçote. O torque pelo menos é mais generoso: 17,1 kgfm com o derivado da cana.

Com mais potência e um cabeçote multiválvulas, o motor do Honda “gosta” de trabalhar em regimes mais altos. Em conjunto com a caixa CVT, entrega um desempenho superior ao do rival. Mas há consequências: em arrancadas de farol, a rotação sobe até as 3.000 rpm e por lá fica enquanto o motorista não acelerar mais. O problema é que essa faixa de giro acaba criando um ruído interno constante até que a velocidade se estabilize e o giro caia.

O Cobalt, por outro lado, arranca com mais disposição até as mesmas 3.000 rpm e, depois disso, não fica a par do rival. O câmbio automático de seis marchas ainda não é a nova caixa revisada que já está disponível na Spin Activ e no Cruze 2015, então os solavancos de engate são perceptíveis. Já o modo manual é um item melhor aproveitado se não usado, pois a operação por botão na alavanca é incômoda e os comandos são ignorados pela central eletrônica na maioria das vezes. As borboletas do City funcionam melhor e a caixa obedece mais, mas a trocas são lentas.

O City ainda tem duas vantagens sobre o Cobalt: direção e suspensão. Como tem um sistema elétrico progressivo, o volante do Honda exige pouco esforço em manobras e ganha firmeza conforme a velocidade aumenta. Contra isso, não há como a direção hidráulica do Chevrolet vencer. Enquanto pode até oferecer a mesma firmeza em velocidade, exige mais esforço nas balizas.

Já a suspensão de ambos é firme, mas a diferença é a que do City filtra melhor as imperfeições do asfalto, que não são poucas. A do Cobalt permite que mais solavancos sejam transmitidos para a cabine. Nenhum dos rivais é modesto nas medidas nem no peso, mas com amortecedores mais firmes, oferecem segurança nas mudanças de direção.

Veredicto de Thiago Moreno - Apesar de mais caro, o Honda City leva o comparativo por oferecer um conjunto mecânico mais moderno e refinado, justificando a diferença de preço. Mas se o seu foco for apenas o menor custo, o Cobalt continua sendo uma boa opção por oferecer mais espaço e praticidade por valor investido que modelos na mesma faixa de preço.

 

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