Ka sedã 1.0: pequeno preço, grande desempenho

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Ford Ka+ custa R$ 37.890 na versão SE, mais básica

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Topo de linha SEL 1.0 custa R$ 42.490

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Versões de entrada possuem rodas de ferro aro 14 com calotas

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Rodas aro 15 de liga leve são exclusividades da SEL

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Porta-malas acomoda 445 litros de bagagem

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Pequeno 1.0 tricilíndrico da Ford entrega desempenho de motor maior com pouca vibração

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Versões de entrada, sem o sistema multimídia, possuem um interessante porta-celular no painel

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Na lateral, há um pequeno porta-trecos acessível apenas com a porta do motorista aberta

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Interior da versão SEL

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Espaço traseiro é suficiente para apenas dois adultos

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Apresentado em outubro, o Ford Ka+ representou a entrada do modelo no segmento dos sedãs compactos. Como é uma fatia do mercado em que 72% dos carros saem de fábrica equipados com motorização superior a 1.0 (segundo a Fenabrave), foi natural que a configuração 1.5 fosse a primeira a chegar às lojas. Além disso, colocar um pequeno tricilíndrico num três volumes pode ser arriscado, considerando o peso extra, a potência a menos e que, entre os principais concorrentes, apenas o Hyundai HB20S tomou esse rumo.

“É um segmento inédito para a Ford, pois, com o antigo Fiesta RoCam sedã, focávamos muito na versão 1.6. O 1.0, em algumas situações, não atendia perfeitamente às necessidades de quem precisava de um carro familiar”, admitiu Oswaldo Ramos, diretor geral de marketing da Ford.

Agora, no final de novembro, as primeiras unidades do Ka+ 1.0 chegam aos concessionários Ford. O motor é o mesmo do hatch 1.0: flex de três cilindros que desenvolve 85 cv e 10,7 kgfm com etanol e 80 cv e 10,2 kgfm com gasolina. O câmbio é sempre manual de cinco velocidades. Pode parecer pouco, mas a versão de entrada do Ka sedã pesa 1.022 kg, menos até que o Ka hatch 1.0 mais completo, de 1.026 kg.

Com o pequeno propulsor, o modelo custa R$ 37.890 na versão básica SE, que traz de série vidros elétricos dianteiros, ar-condicionado, travas elétricas, rádio com conectividade via Bluetooth e USB e direção com assistência elétrica. A intermediária SE+ sai por R$ 39.890 e acrescenta o sistema multimídia SYNC, vidros elétricos traseiros e comandos do rádio no volante. Ambas saem com rodas de ferro aro 14 com calotas. A topo de linha SEL custa R$ 42.490 e acrescenta rodas de liga leve aro 15, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, faróis de neblina, alarme e computador de bordo.

Com esses valores, o modelo da Ford é mais caro que o Fiat Siena EL 1.0 (R$ 33.280) e o Volkswagen Voyage 1.0 (R$ 37.010). Só que, por esse preço, não há ar-condicionado ou vidros e travas elétricas nos concorrentes. Equiparados à versão básica do Ka+, custam R$ 38.027 e R$ 42.927, respectivamente.

A versão três volumes do Ka mede 4,3 m de comprimento, 1,7 m de largura, 1,5 m de altura e tem 2,5 m de entre-eixos. O bagageiro tem capacidade para transportar 445 litros.

O que esse 1.0 tem?

O motor tricilíndrico do Ka+ é o mesmo do hatch. Possui quatro válvulas por cilindro (doze no total) e comando variável tanto para a admissão quanto para o escape. O bloco é de ferro fundido, mas o cabeçote é de alumínio. Como no dois volumes, o sedã adotou pneus 175/60 de baixo atrito de rolagem. O resultado de tudo isso é economia. No Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), o Ka+ tem nota A, indicando estar entre os mais econômicos de sua categoria. Segundo a medição do Inmetro, o modelo faz 8,9 km/l na cidade e 10,4 km/l na estrada (etanol) ou 13 km/l e 15,1 km/l (gasolina).

Mas, e aí? Ele vibra, ele é fraco, precisa desligar o ar-condicionado na ladeira? Não para as três perguntas. Claro que sente-se mais o funcionamento do 1.0 de três cilindros do que num equivalente com quatro, mas a diferença é pequena. O iCarros avaliou a versão 1.0 SE do Ka+, que se mostrou valente, mesmo em trechos rodoviários com aclives. O segredo é que o propulsor ganha giro rápido e mantém a entrega de força relativamente igual até o corte de giro.

Em algumas situações a redução de quinta para quarta é necessária, mas é o suficiente não só para manter a velocidade como também para recuperar o embalo, e nem foi preciso desligar o ar-condicionado para realizar ultrapassagens. Nem pareceu 1.0. Com 85 cv no etanol, tem quase a mesma força dos propulsores Fire EVO 1.4 da Fiat, que entregam 88 cv com o derivado da cana.

Além disso, o acerto de suspensão foi bem trabalhado, com pouca oscilação da carroceria em mudanças de direção e filtrando bem as imperfeições da pavimentação. A direção elétrica com assistência proporcional à velocidade ajuda a deixar o carro mais “na mão” quando a estrada permite investidas mais vigorosas no acelerador, com firmeza correta, ao mesmo tempo que, em manobras, é leve.

Apesar de “crescidinho” o Ka+ ainda é um sedã compacto. Atrás, até dois adultos se acomodam bem, enquanto na frente há espaço de sobra. Mas o grande barato da linha Ka são pequenas sacadinhas que ajudam no dia-a-dia. Na versão mais básica, sem o sistema multimídia SYNC, há um porta-trecos sobre o painel cuja tampa serve como suporte para o celular e permite o uso de aplicativos de navegação sem a necessidade de se comprar um suporte extra para o telefone. Na lateral do painel, acessível apenas com a porta do motorista aberta, há outro porta-trecos onde é possível acomodar objetos de valor, como carteiras por exemplo, que o motorista não queira deixar à mostra.

Vai vender? - A Ford não falou em números de venda específicos para o Ka+, mas o hatch sozinho tem conseguido manter uma média de vendas mensal na casa das 7.000 unidades desde seu lançamento segundo a Fenabrave. A expectativa da marca é que o sedã eleve essa marca para 10.000 carros comercializados, sendo que 30% das vendas do sedã devem ser representadas pelo motor 1.0.

Bem acertado de visual e dinâmica, com motor competente e nível de equipamentos superior ao dos rivais, o Ka+ 1.0 tem o que é preciso para manter o sucesso de vendas do hatch.

Teste-drive a convite da Ford

 

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