entre ou cadastre-se

mais serviços

mais serviços

Honda reformula Civic, enquanto Peugeot turbina 408

Nona geração do sedã de origem japonesa enfrenta francês com motor turbo

24/02/2012 - Texto e fotos: Anelisa Lopes / Fonte: iCarros

Lançados oficialmente no final de janeiro, a nona geração mundial do Honda Civic e a versão turbo do Peugeot 408 são dois modelos que vão além do tradicional espaço e conforto, dueto consagrado pelo segmento de sedãs médios. Enquanto o primeiro passou por uma reformulação sem perder a identidade que o manteve como líder do mercado durante três anos, o segundo foi apimentado pelo motor mais potente da montadora francesa.

Em sua versão topo de linha, EXS, o Honda custa R$ 86.750, sem oferta de opcionais. O 408 Griffe THP (sigla para Turbo High Pressure), sai por R$ 81.490 mais R$ 1.100 de pintura metálica, caso a escolha não seja por um modelo na cor branca. O único equipamento comprado à parte para o 408 é o ajuste elétrico dos bancos, ao preço de R$ 2.000. Ambos possuem garantia de três anos.

Apesar de ter mantido o conjunto mecânico que servia a geração anterior, a Honda incorporou algumas mudanças, tanto no bloco como na transmissão, para melhorar o desempenho e diminuir consumo e emissão de poluentes do Civic. O 1.8 16v i-VTEC dispõe de 139 cv/140 cv a 6.500 rpm e 17,5 mkgf/17,7 mkgf a 5.000 giros, com álcool e gasolina, respectivamente. A Peugeot, por sua vez, equipou o 408 com o mesmo motor do cupê RCZ, uma unidade turbo a gasolina de 165 cv a 6.000 rotações e 24,5 mkgf a 1.400 rpm.

Do lado asiático, alterações discretas e itens de série

Em sua nona geração mundial, o Civic não mudou radicalmente. A leve atualização foi suficiente para manter o design revolucionário da geração anterior e, ao mesmo tempo, tirou o ar cansado do sedã que estava há mais de cinco anos no mercado com a mesma cara. O sedã incorporou volume na parte dianteira e traseira da carroceria, graças à adição de vincos no capô, além de um conjunto óptico com linhas retas. Na traseira, dois refletores dão continuação às lanternas na tampa do bagageiro. O modelo ficou 1,6 cm maior e perdeu 3 cm no entre-eixos. A cabine, no entanto, não sofreu com esta diminuição, uma vez que a parede corta fogo foi reposicionada.

Alguns pedidos que estavam na fila de espera dos clientes do sedã foram atendidos pela montadora. O porta-malas e o tanque do combustível cresceram, passando a 449 e 57 litros, respectivamente. Para ganhar 109 litros a mais no bagageiro, o estepe foi substituído por um pneu de emergência. A grossa coluna que separava o vigia da janela dianteira - e dificultava a visualização externa - foi substituída por uma mais fina, aumentando o campo de visão do motorista. Câmera traseira de estacionamento, computador de bordo ao lado do velocímetro, teto solar, acendimento automático dos farois e bluetooth foram outros equipamentos incorporados à linha do modelo.

Componentes do motor i-VTEC do Civic também passaram por alterações com o objetivo de oferecer uma melhor combustão do combustível e de liberar mais força a partir de rotações mais baixas. O torque, no entanto, é mantido dessa forma até o limite de giro do motor. O bloco trabalha de forma silenciosa e, em alguns momentos, até passa a sensação de estar desligado.

Conduzir o Civic na cidade é uma experiência agradável, uma vez que a sintonia entre motor e câmbio automático é perceptível, já que o sistema seleciona a marcha mais adequada, acionando o freio motor na descida ou evitando troca desnecessária na subida. Além disso, as mudanças são facilitadas pelas borboletas atrás do volante. Na estrada, no entanto, as reduções se tornam frequentes durante as ultrapassagens. Quando embalado, o motor mostra disposição para ir além da quinta marcha. Uma nova tecnologia foi concebida para o modelo vendido no Brasil. Trata-se de um botão verde ao lado esquerdo do painel, chamado de Econ. Quando acionado, gerencia o funcionamento do motor, do ar-condicionado e atua na antecipação da mudança de marcha. O objetivo é diminuir o consumo de comsbutível do veículo.

Em sua versão mais cara, o Civic sai de fábrica com airbag frontal e lateral, freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem, controle de tração e de estabilidade, direção elétrica progressiva, farois de neblina com acendimento automático, direção com ajuste de altura e profundidade, regulagem manual dos bancos dianteiros, controle de velocidade, ar-condicionado digital, teto solar elétrico, câmera de estacionamento traseira e GPS com tela touch screen, bluetooth, revestimento de couro, rodas de liga leve de 16 polegadas e trio elétrico.

Enquanto isso, lado europeu aposta no desempenho do sedã

A principal distinção da versão THP do 408 em relação ao restante da linha está embaixo do capô. O 16v turbo que equipa o modelo foi desenvolvido em parceria com a BMW. Diversos elementos do motor, como a própria turbina, são gerenciados pelo módulo da injeção eletrônica, que controla o seu funcionamento. Na prática, mesmo sendo um motor turbo, existe versatilidade tanto na condução urbana como na rodoviária.

Na estrada, o 408 THP mostra um desempenho superior ao do Civic. Além de ter 25 cv a mais, o torque máximo é alcançado a apenas 1.400 rotações, ou seja, o carro é empurrado nas saídas e retomadas com muito mais força e menos esforço. O conjunto mecânico, associado a um câmbio automático de seis marchas, desenvolve melhor e embala com mais facilidade, além de se mostrar mais estável quando atinge velocidade acima dos 100 km/h. Caso o motorista queira, o controle de estabilidade pode ser desativado em velocidades inferiores a 50 km/h.

A condução esportiva do 408 THP é prejudicada, porém, pela falta de borboletas atrás do volante para mudanças de velocidade. Apesar de exigir menos reduções que o Civic, o equipamento garante mais agilidade e segurança, uma vez que o motorista não precisaria tirar as mãos do volante para efetuar as trocas. 

O 408 THP vem de série com airbag duplo, lateral e de cortina, freios ABS, controle de estabilidade, direção eletro-hidráulica, farois de neblina, farois direcionais de xenônio, ar-condicionado digital de duas zonas, direção com ajuste de altura e profundidade, regulagem manual dos assentos dianteiros, sensor de chuva e de estacionamento, GPS, teto solar elétrico, bluetooth, rodas de liga leve de 17 polegadas e trio elétrico. A capacidade do porta-malas, cuja abertura é feita por meio de amortecedores que não invadem o compartimento, ao contrário do sistema do rival, é de 526 litros.

Veredicto de Anelisa Lopes - em sua nona geração mundial, o Civic melhorou a já agradável dirigibilidade da geração anterior, está mais atraente, mais equipado, mas causa espanto pelo valor, levando-se em conta que o carro é produzido em Sumaré (SP). Com uma vantagem financeira de pouco mais de R$ 5.000, o Peugeot oferece melhor desempenho e praticamente o mesmo pacote de equipamentos de série do Civic. A experiência ao volante na cidade não decepciona e, ao pegar a estrada é mais prazeroza que a do concorrente. Algumas características poderiam ser repensadas, como um para-brisa que filtrasse a incidência de sol, uma vez que a área envidraçada é muito grande, e a inclusão de borboletas para a troca de marcha seria muito bem-vinda.

 

  • Compartilhe esta matéria:
 

Faça seu comentário

  • Seguro Auto

    Veja o resultado na hora e compare os preços e benefícios sem sair de casa.

    cotar seguro
Ícone de Atenção
Para proteger e melhorar a sua experiência no site, nós utilizamos cookies e dados pessoais de acordo com nossos Termos de Uso e Política de Privacidade. Ao navegar pela nossa plataforma, você declara estar ciente dessas condições.