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CAOA Chery Tiggo 7: nem dá mais para chamar de chinês

Primeiro SUV médio da marca no Brasil é feito em Anápolis (GO) e atende bem às demandas do público brasileiro

15/02/2019 - Thiago Moreno / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros

Como você leu ontem no iCarros, começam a chegar nas lojas da CAOA Chery nas próximas semanas as primeiras unidades do Tiggo 7, SUV médio da marca feito em Anápolis (GO) e que brigará com nomes de peso como o Jeep Compass. A novidade estará disponível em duas configurações: T e TXS, custando respectivamente R$ 106.990 e R$ 116.990.

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Nas medidas

O novo carro tem 4,50 m de comprimento, 1,83 m de largura e 1,67 m de altura, além de um entre-eixos de 2.670 m. O porta-malas acomoda até 414 litros de bagagem até a altura dos vidros, e 1.100 litros com o encosto do banco traseiro rebatido. O peso declarado é de 1.432 kg.

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Itens de série

Na versão T , o Tiggo 7 traz de série sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, câmera de ré, Hill Hold Control (HHC), sistema de monitoramento de pressão e temperatura dos pneus, airbags frontais, além de cinto traseiro central de três pontos e três apoios de cabeça, rodas de 17 polegadas, regulagem de altura para o banco do motorista, sensor de chuva, chave presencial, multimídia com tela de 9 polegadas com Android Auto e Apple Car Play, piloto automático, acendimento automático de faróis, auto hold, direção com assistência elétrica e ar-condicionado automático.

A TXS acrescenta rodas de 18 polegadas, teto-solar panorâmico com abertura elétrica, bancos com revestimento de couro, ar-condicionado automático de duas zonas e airbags laterais e de cortina.

Mecânica e ficha técnica

Sob o capô, o CAOA Chery Tiggo 7 traz um motor 1.5 turbo capaz de entregar 150 cv de potência e 21,4 kgfm de torque com etanol e, respectivamente 147 cv com gasolina. O torque é sempre de 21,4 kgfm, independente do combustível. A única opção de transmissão é automatizada de dupla embreagem com seis velocidades. O modelo leva cinco passageiros e o tanque de combustível tem capacidade para 57 litros.

Como é?

Eu escrevo avaliações e texto lançamentos automotivos para o iCarros desde 2012. Mesmo há sete anos, eu sempre dizia quando andava em uma novidade chinesa: “os chineses estão chegando”, “os chineses melhoraram” ou ainda “os chineses praticamente já não devem nada para carros de marcas tradicionais”. Mas nunca fui levado a sério, até mesmo porque a saúde das marcas chinesas no Brasil não inspirava tanta confiança. No fundo sabia que estava para chegar o dia em que um modelo “chinês” chegaria e provaria que esses modelos que começaram a vida aqui sem muita qualidade, mas com preços atrativos, haviam amadurecido a ponto de poder bater de frente com qualquer carro fabricado por aqui. E esse dia chegou com o CAOA Chery Tiggo 7.

Finalmente já posso dizer sem dor na consciência: os chineses fizeram um carro bom. Sem ressalvas sem “mas, porém, contudo, no entanto”. Até mesmo porque nem dá mais para chamar os produtos da CAOA Chery de chineses, uma vez que são feitos em Jacareí (SP, QQ e Arrizo 5) ou em Anápolis (GO, Tiggo 5X e Tiggo7). Não só são montados por aqui como a engenharia da CAOA Chery fala em nacionalizar 500 componentes de seus carros nos próximos dois anos para depender ainda menos de peças importadas.

Mas por que, ao invés de sete pedras na mão, cheguei cheio de elogios para a novidade da Chery? Porque ignorando o emblema na grade, o Tiggo 7 passaria por carro de qualquer montadora tradicional, principalmente os modelos vendidos no segmento de SUVs médios.

A começar pelo visual. O Chery tem poucos vincos e isso deixa seu visual bem mais fluído por fora, o que combinou bem com os faróis em formato de bumerangue. Na lateral. O ousado repetidor de pisca na porta se integra com a linha lateral e, no geral, o resultado agrada. Apenas a traseira é um pouco menos inspirada, mas também não dói os olhos de ver.

O iCarros avaliou a versão mais completa, a TXS. Nela já entram em jogo itens como os bancos de couro e o teto-solar panorâmico. Por incrível que pareça, são dois itens que ainda não são comumente encontrados em SUVs dessa categoria, não nessa faixa de preço. O mesmo vale para outros itens, como a câmera de visão 360º (uma mão na roda em manobras) e a central multimídia com a grande tela de 9 polegadas.

Já que estamos falando do interior do carro, vale falar do acabamento interno, um dos mais antigos inimigos dos carros ditos chineses. No CAOA Chery, tudo está bem ao gosto do público brasileiro, mesclando materiais macios ao toque no painel e console com couro e plásticos de bom gosto e bem arrematados nas portas dianteiras. Os bancos da frente, inclusive, são grandes e bem anatômicos, além de terem um visual agradável.

Atrás, o plástico é mais convencional, assim como acontece nos principais rivais do Tiggo 7. Novamente, retirando o emblema Chery passaria por qualquer produto de marca dita convencional. O espaço, no entanto, é até melhor que o visto em alguns rivais. Três adultos conseguem se acomodar com abundância de espaço para cabeças, joelhos e ombros.

E a performance?

Como dito acima, o Tiggo 7 dispõe do motor 1.5 turbo de quatro cilindro, o mesmo utilizado nos modelos Arrizo 5 e Tiggo 5X. Como o 7 é maior e mais pesado, claramente não era de se esperar um temperamento explosivo do SUV maior. Só que, partindo da imobilidade, arranca com vigor e dá sinais de que vai perder o fôlego apenas passando dos 4.000 rpm. Usando normalmente, entrega inferior passa batida. Até por que o isolamento acústico da cabine é exemplar e raramente se escuta o propulsor, apenas nas situações de limite de rotação e até os 120 km/h, maior limite de velocidade possível nas vias brasileiras, não há barulho vento ou de rodagem digno de nota.

O câmbio trabalha bem e, de acordo com a CAOA Chery, optou-se pelo câmbio de dupla embreagem sobre o CVT (como é usado no Arrizo 5) por uma questão de exigência do público brasileiro, que prefere um temperamento mais ágil da transmissão, ao contrário dos chineses. A fornecedora do câmbio é a Getrag.

Rodando no trânsito, faz trocas suaves e arranca sem hesitações. Na estrada, porém, por vezes se mostrou indeciso entre a quinta e a sexta marchas para manter velocidades superiores a 100 km/h. Em um uso misto entre cidade e estrada, o computador de bordo apontou um consumo médio de 8,5 km/l e o carro avaliado estava abastecido com etanol.

A suspensão filtra bem as imperfeições do solo e tem um acerto até que firme, mas não dá solavancos na cabine. Isso é bom, pois o carro rola pouco nas mudanças de direção e, com uma direção com respostas diretas, o carro passa confiança rapidamente para o motorista. Inclusive o peso do volante, variável, faz as transições entre mais leve e mais pesado conforme a velocidade de maneira natural, sem causar estranheza por estar demasiadamente leve ou pesado.

Há pontos para melhorar? Sinceramente, poucos. O volante não tem um visual dos mais inspiradores e o velocímetro analógico é de difícil leitura, por sorte há a opção de velocímetro digital na tela do computador de bordo e ele ajuda muito. Mas só.

A CAOA Chery está oferecendo três anos (ou 100.000 km) de garantia para o Tiggo 7, sendo que motor e câmbio têm garantia de cinco anos, ou a mesma quilometragem. Você gostando ou não, o SUV “chinês” agora compete de frente e até supera alguns rivais em termos de qualidade e a expectativa da marca de vender cerca de 500 unidades por mês deve ser batida. E o dia em que a sua garagem terá um carro chinês está se aproximando.

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