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Cobalt x Versa: disputa pelo melhor custo-benefício

Nova versão topo de linha do Nissan, a Unique 1.6, encara o sedã da Chevrolet em sua configuração LTZ com motor 1.8

31/08/2015 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Gabriel Aguiar / Fonte: iCarros

Agora produzido em Resende (RJ), o Nissan Versa sofreu uma mudança significativa na linha 2016, além da nacionalização. Ele ganhou um moderno motor 1.0 três cilindros, além de novo visual e uma versão 1.6 inédita, que chegou para ocupar o posto de topo de linha da gama. Chamada Unique, ela estreou no catálogo em março deste ano como uma opção definitiva – ao contrário do irmão maior Sentra, no qual a configuração Unique é uma série especial, ainda que sem número limitado de unidades.

Com versões 1.0 partindo de R$ 41.990 e 1.6 de R$ 47.490, o Versa sai por R$ 56.190 na nova opção Unique. Essa configuração vem de fábrica com ar-condicionado digital, direção elétrica progressiva, rodas de liga leve aro 16, computador de bordo, trio elétrico (nas quatro portas), faróis de neblina, banco do motorista com regulagem de altura, volante revestido de couro com regulagem de altura e comandos de áudio, sistema isofix para cadeirinhas infantis (com fixação no chassi), câmera de ré, GPS e rádio com tela colorida de 5,8 polegadas, USB e Bluetooth.

Neste comparativo, o Versa 1.6 topo de linha encara o Chevrolet Cobalt 1.8 intermediário. Fabricado em São Caetano do Sul (SP), o Cobalt parte de R$ 51.390 com motor 1.4 e de R$ 53.990 com o 1.8. A versão do comparativo é a LTZ, de R$ 58.850. Embora cobre R$ 2.660 a mais, o Cobalt não vem mais equipado de fábrica. Ele também traz de série computador de bordo, trio elétrico (nas quatro portas), faróis de neblina, volante e banco do motorista com regulagem de altura, comandos de áudio no volante e rádio com tela colorida de 7 polegadas, USB, Bluetooth e função "streaming" de áudio. Porém, o ar-condicionado é analógico, a direção é hidráulica e as rodas de liga leve têm aro 15, além de não contar com isofix, GPS e câmera de ré. Em contrapartida, traz a mais sensor de estacionamento traseiro (um acessório no Versa) e o motor maior.

Falando no motor...

Equipado com propulsor 1.6 16V flex, o Versa Unique rende 111 cv de potência com ambos os combustíveis, com torque máximo de 15,1 kgfm a 4.000 rpm. O sedã é oferecido apenas com câmbio manual de cinco marchas. Ele fica devendo uma opção de transmissão automática ou, ao menos, automatizada, presente em quase todos os seus rivais como Fiat Grand Siena, Renault Logan e Volkswagen Voyage. Só o Ford Ka+ também fica restrito ao câmbio manual, além dos sedãs chineses. 

Segundo a fabricante, o Unique acelera de 0 a 100 km/h em 10,4 segundos e atinge a velocidade máxima de 187 km/h com etanol no tanque. Quanto ao consumo, o Versa é nota A no Inmetro e faz 8,6 km/h na cidade e 10,2 km/l na estrada com etanol no tanque. Durante a avaliação do iCarros, porém, o modelo registrou média urbana de 7,6 km/l com o combustível.

Já o Cobalt traz um 1.8 8V flex que desenvolve 106 cv e 16,4 kgfm a 3.200 rpm com gasolina e 108 cv e 17,1 kgfm com etanol. O modelo avaliado tem câmbio manual de cinco marchas, mas é possível equipar a versão com um automático de seis velocidades acrescentando R$ 3.560 ao valor do carro – valor que inclui também controlador de velocidade. O 0 a 100 km/h do sedã é feito em 10,5 segundos, com máxima de 170 km/h, ambos com etanol. Infelizmente, a Chevrolet não participa do programa de etiquetagem do Inmetro. Na avaliação do iCarros, a média em uso urbano com etanol foi de 8,1 km/l.

E como andam?

O Versa pode oferecer mais potência (são apenas 3 cv a mais com etanol), mas o Cobalt tem mais torque e disponível numa faixa de giros menor, o que impacta diretamente no desempenho em arrancadas e retomadas. Contudo, o Chevrolet pesa 32 kg a mais – são 1.120 kg contra os 1.088 kg do Nissan.

O resultado é que, ao volante, é o modelo da marca japonesa quem apresenta melhores respostas. O motor maior do Cobalt acaba não representando uma vantagem para o sedã – lembrando que ele também é 8V e de um projeto antigo, sem comando de válvulas variável e ainda exigindo o tanque auxiliar de gasolina para partida a frio. Mais moderno, o Versa possui bloco feito de alumínio, ele dispensa o tanquinho auxiliar e ainda possui o sistema de variação de abertura das válvulas CVVTCS (Continuosly Variable Valve Timing Control System), que otimiza a admissão oferecendo melhor queima de combustível.

Mas o Chevrolet se recupera com um câmbio mais agradável de guiar, oferecendo engates suaves – eles são duros no Versa. O conforto a bordo é outro ponto que o Cobalt leva. Sua suspensão possui uma calibração mais acertada, não permitindo que a carroceria incline demais em curvas nem maltratando os ocupantes em pisos irregulares. O Nissan tenta privilegiar o conforto, mas o resultado é uma suspensão macia demais que faz o carro pular, por exemplo, em ruas de paralelepípedo. Os pneus acabam influenciando também: eles têm medida 195/65 no Cobalt e 195/55 no Versa, que possui perfil (altura) mais baixo.

O Versa tem a vantagem da direção elétrica progressiva, que varia a rigidez do volante de acordo com a velocidade. O problema é que, na cidade, ela é leve demais, exigindo correções mais frequentes. Apesar de ter direção hidráulica, o Cobalt é bastante preciso nesse aspecto.

Espaço interno

Os dois sedãs possuem medidas bem próximas. O Nissan mede 4,49 m de comprimento, 1,69 m de largura, 1,50 m de altura e 2,60 m de entre-eixos. Já o Cobalt possui 4,47 m, 1,73 m, 1,52 m e 2,62 m, respectivamente. Ou seja, embora seja menor no comprimento, o Chevrolet oferece entre-eixos levemente maior, com mais espaço para as pernas de quem vai no banco traseiro. Por outro lado, o assoalho quase plano do Versa acomoda melhor o terceiro passageiro que viaja no meio e ele conta ainda com o sistema isofix para cadeiras infantis, que é mais seguro.

Considerando que estamos falando de sedãs e o porta-malas é um item essencial nesse segmento, o Cobalt fica com mais uma vitória. Ele tem capacidade para 563 litros, frente aos 460 litros do Nissan – são 103 litros a mais, o que equivale a uma mala grande de viagem.

Falando agora do acabamento interno, o Versa tem desenho mais moderno e oferece melhor posição de dirigir. No Cobalt, o ajuste de altura do banco do motorista é giratório e não oferece uma regulagem tão boa. Contudo, a escolha de materiais é mais acertada no Chevrolet, com superfícies mais agradáveis ao toque. Outro destaque fica por conta do painel com velocímetro digital. Mas vale lembrar que o Versa Unique traz ar-condicionado digital e câmera de ré de série. 

Ambos os sedãs têm três anos de garantia e revisão com preço fixo. No Chevrolet, a manutenção custa R$ 2.896 até os 60 mil quilômetros, contra os R$ 1.974 cobrados pela Nissan, preços que já incluem a mão de obra.

Escolha de Anamaria Rinaldi – No segmento de sedãs, espaço interno é fundamental. Isso dá uma vantagem para o Chevrolet Cobalt devido ao porta-malas maior. Contudo, o Nissan Versa vira o jogo e leva esse comparativo pelo melhor custo-benefício, oferecendo um bom conjunto com um preço mais em conta e manutenção mais barata. 

 

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