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CR-V X ix35: duas fórmulas da mesma proposta

Recém-reestilizados, SUVs da Honda e da Hyundai têm bom desempenho e muito espaço interno. Mas quem vence?

14/12/2015 - Anamaria Rinaldi / Fotos: Gabriel Aguiar / Fonte: iCarros

O segmento de utilitários esportivos é o que mais cresce no País, representando 14,38% do mercado automotivo brasileiro no acumulado de 2015 frente aos 10,83% que detinha no mesmo período do ano passado, de acordo com a Fenabrave (associação de revendedores). Integrantes dessa categoria, Honda CR-V e Hyundai ix35 foram reestilizados recentemente para se manter na mira dos consumidores enquanto não recebem nova geração. Veja, então, quem evoluiu mais e foi além das mudanças visuais: CR-V ou ix35.

Hyundai ix35 Top: R$ 122.990

Na linha 2016, o SUV ganhou visual bem mais moderno, com grade frontal maior e para-choque redesenhado. O resultado ficou mais atraente. Além disso, antes vendido em versão única, o ix35 passou a ser oferecido em três configurações, com uma série especial chamada Launching Edition limitada a 300 unidades e que ainda pode ser encontrada nas concessionárias. O iCarros testou a Launching Edition Top, que custa R$ 122.990. A versão de entrada sai por R$ 99.990.

Os itens de série da configuração Top incluem ar-condicionado com duas zonas de temperatura e saída para os bancos traseiros, direção elétrica progressiva, acendimento automático dos faróis, câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro, seis airbags (frontais, laterais e de cortina), partida por botão, rádio com tela de sete polegadas sensível ao toque, DVD, GPS, Bluetooth, USB e comandos no volante, retrovisores externos com rebatimento elétrico, rodas de liga leve aro 18, controlador de velocidade, rack de teto, banco do motorista com ajustes elétricos e regulagem lombar, volante e bancos revestidos de couro, controle de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampa e teto solar panorâmico.

Essa nova versão Top acrescenta itens que antes faziam falta em um carro de mais de R$ 100 mil, mas ela ainda fica devendo sensor de chuva, borboletas para trocas de marcha manuais e indicador de consumo médio e instantâneo no computador de bordo (ele traz apenas hodômetro, velocidade média e tempo de viagem).

Como anda?

O ix35 possui motor 2.0 16V flex – bicombustível desde a sua nacionalização em 2013, sendo fabricado em Anápolis (GO) – capaz de render 157 cv de potência e 19,2 kgfm de torque com gasolina ou 167 cv e 20,6 kgfm com etanol. Acoplado a ele está um câmbio automático de seis velocidades que oferece funcionamento suave, sem trancos ou hesitações na hora de escolher a marcha adequada mesmo em reduções. O conjunto se mostrou muito bom tanto na cidade como na estrada, com respostas ágeis apesar de o SUV ter 1.500 kg. Pena que as trocas manuais de marcha sejam possíveis somente na alavanca.

A suspensão também agradou em todos os pisos, filtrando bem as imperfeições mesmo em ruas de paralelepípedo. Mas o acerto macio acaba reduzindo um pouco a estabilidade em curvas – lembrando ainda que se trata de um veículo alto, com 1,68 m. Infelizmente, não foi possível aferir o consumo pelo computador de bordo, já que essa função é inexistente no ix35, mas pelo Inmetro, o SUV faz 6,1 km/l na cidade e 7,3 km/l na estrada com etanol no tanque. Feito para o uso urbano, o ix35 é vendido apenas com tração dianteira, sem versões 4x4.

Espaço interno

Por dentro, o modelo da Hyundai é muito confortável, com boa posição de dirigir graças aos ajustes elétricos – lembre que há até regulagem lombar – e com os comandos todos à mão.  A modernização só poderia ter chego também ao freio de estacionamento, que ainda é por pedal, e à escolha dos materiais – a Hyundai abusa demais dos plásticos para um carro de mais de R$ 120 mil. Os bancos oferecem ótimo apoio para o corpo e atrás cabem três pessoas comodamente, com assoalho plano para não prejudicar quem vai ao meio. O porta-malas é amplo para abrigar as bagagens de cinco passageiros e tem capacidade para 728 litros, podendo chegar a 2.885 litros com os bancos traseiros rebatidos.

Honda CR-V EXL: R$ 136.900

A Honda fez o caminho inverso e passou a oferecer somente uma versão de acabamento do CR-V na linha 2015, a topo de linha EXL 4x4, eliminando do catálogo as outras duas opções (LX e EXL 4x2). Vindo do México, o utilitário esportivo ganhou grade e para-choque redesenhados, além de faróis com luzes diurnas de LED. Assim como no rival, o estilo ficou muito mais arrojado, mudança bem-vinda, já que o modelo exibia o mesmo visual desde a chegada da quarta geração em 2012.

Cobrando R$ 136.900, o CR-V vem equipado de fábrica com ar-condicionado com duas zonas de temperatura e saída para o banco traseiro, direção elétrica progressiva, acendimento automático dos faróis, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, rodas de liga leve aro 17, partida por botão, controlador de velocidade, seis airbags (frontais, laterais e de cortina), assistente de partida em rampa, volante e bancos revestidos de couro, câmera de ré, teto solar elétrico, controle de estabilidade e de tração, retrovisor direito com função “tilt down” (abaixa o espelho automaticamente ao engatar a ré), isofix para cadeiras infantis e rádio com tela sensível ao toque de sete polegadas, GPS, Bluetooth, USB, entrada HDMI e comandos no volante.

Como anda?

O SUV da Honda traz sob o capô motor 2.0 16V flex que rende 150 cv e 19,3 kgfm com gasolina ou 155 cv e 19,5 kgfm com etanol. O câmbio é automático de cinco marchas. Pesando 1.579 kg, o CR-V é um pouco lento nas arrancadas e demora um tempo para reagir nas retomadas de velocidade. A transmissão ajuda o conjunto oferecendo um funcionamento suave, mas não há opção de trocas manuais nem na alavanca – existem apenas as relações “2” e “1” para trechos que exigem mais torque do motor, como subidas muito íngremes.

Quanto ao consumo, o modelo não faz parte do programa do Inmetro. Contudo, durante a avaliação do iCarros, feita a maior parte do tempo em trecho urbano, com trânsito intenso e o ar-condicionado desligado, o CR-V registrou média de 4,5 km/l com etanol. E isso com o modo “Eco” ligado. Ativado por um botão no painel, esse sistema altera parâmetros do motor, do câmbio e do ar-condicionado para poupar combustível. 

Nos demais aspectos mecânicos, o SUV agrada bastante, com suspensões macias que privilegiam o conforto independentemente do piso. Contudo, isso prejudica um pouco a estabilidade do modelo em curvas – assim como o Hyundai, não é um modelo baixo, com 1,65 m. A direção é bem leve em baixas velocidades, o que torna muito fácil manobrar esse SUV grande. A tração integral age automaticamente, conforme demanda da situação de rodagem. 

Espaço interno

Por dentro, o CR-V tem bom acabamento, com destaque para o painel emborrachado, o detalhe que imita madeira e os dois tons se mesclando das portas à cabine. Ele ainda é confortável, com todos os comandos bem posicionados, bancos com apoio generoso e boa posição de dirigir, embora não haja regulagens elétricas para o banco do motorista. E o freio de estacionamento? Ah, esse continua no pedal.

Quem vai no banco traseiro também se acomoda sem problemas devido ao entre-eixos de 2,62 m e ao assoalho plano, além de oferecer encosto de cabeça e cintos de segurança de três pontos para todos os passageiros. O porta-malas também não deixa a desejar, com capacidade para 589 litros ou 1.146 litros com os bancos traseiros rebatidos.

Escolha de Anamaria Rinaldi - este é um comparativo bem disputado, mas o Hyundai ix35 vence por ser quase R$ 14 mil mais barato e ainda oferecer desempenho superior. Embora os dois tenham motor 2.0, o ix35 traz duplo comando de válvulas variável e entrega 12 cv a mais de potência e 1 kgfm a mais de torque em uma faixa de giros um pouco menor (4.700 rpm contra 4.800 rpm no CR-V). O resultado é que ele é mais ágil que o concorrente – lembrando que é também mais leve -, além de contar com câmbio de seis marchas (são cinco no Honda) com trocas manuais, o que gera maior conforto na estrada e ainda permite ao condutor intervir quando necessário. 

O CR-V tem a vantagem da tração 4x4, mas isso não significa que ele encare um trecho fora de estrada mais pesado. Ambos têm vocação urbana e foram feitos mesmo para o asfalto, por isso os dois também contam com suspensões macias voltadas para o conforto. Nesse ponto, o SUV da Honda parece comprometer mais a estabilidade permitindo que a carroceria incline mais que o rival. Mas ele dá a volta por cima no acabamento, bem superior ao do Hyundai, e por trazer de série alguns itens indisponíveis no ix35, como sensor de chuva, entrada HDMI e sistema isofix.

 

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