O tão aguardado Grande Prêmio da Bélgica, sediado no tradicional circuito de Spa-Francorchamps, fez história após quebrar o recorde de Grande Prêmio mais curto da história da Fórmula 1, o qual era mantido pelo GP da Austrália de 1991.
No dia 3 de novembro daquele ano, o circuito de rua de Adelaide recebeu uma chuva torrencial, o que tornou as condições para a realização da corrida complicadas. Apesar disso, houve a largada, com Senna na pole position, a 60ª de sua carreira.
Estavam previstas 81 voltas para serem completadas, porém, por causa da chuva, a prova realizou apenas 16. Tiveram várias bandeiras amarelas em razão de acidentes, um com Nicola Larini, outro com Jean Alesi, na volta 10 com Pierluigi Martini, na volta 14 com Gugelmin e Stefano Modena, na volta 16 Mansell e, também, Gerhard Berger.
Em meio a eles e às bandeiras amarelas, o próprio Senna, Riccardo Patrese e outros pilotos pediram à direção a interrupção da corrida, alegando falta de visibilidade e segurança. Ao fim da volta 16 foi dado bandeira vermelha e, após algumas tentativas de recomeçar, veio a declaração de fim de prova.
O resultado oficial da corrida contou até a volta 14, duas voltas antes da bandeira vermelha, o que deu um total de 52,92 km percorridos e metade dos pontos foram concedidos aos pilotos.
A vitória ficou com Senna e Mansell e Berger completaram o pódio, porém o piloto inglês não pôde fazer parte da celebração, pois estava no hospital, afinal sofreu ferimentos com o acidente.
30 anos depois, o recorde foi batido pelo GP da Bélgica da temporada de 2021. Foram percorridas apenas três voltas, todas realizadas com o Safety Car em pista, mas apenas uma delas foi contabilizada para a oficialização do resultado, o que dá um total de 6,88 km. Quem diria que no circuito de maior extensão da F1 teríamos a prova mais curta da história?
Foram cerca de 3h30 de espera para se ter a confirmação do cancelamento da prova e teve um pouco de tudo, pilotos cochilando, mecânicos jogando baralho, fãs na arquibancada dançando e muita atenção na previsão do tempo para saber quando a chuva diminuiria. Não diminuiu e às 18:45 na Bélgica, 13:45 para o Brasil, foi confirmado o fim de prova.
Assim, metade dos pontos foram dados aos pilotos, o que significou a 16ª vitória de Max Verstappen na F1, o 174º pódio de Lewis Hamilton e o primeiro de George Russell.
Depois de voltar a pontuar no último GP da Hungria, a Williams conquistou o segundo lugar com o jovem piloto inglês, algo que não acontecia desde o GP do Azerbaijão em 2017 com Lance Stroll.
Agora, Hamilton lidera o campeonato com 202,5 pontos, uma vantagem de 3 pontos em relação a Verstappen, e a Mercedes ocupa a primeira posição com 310,5 pontos, ao passo que a Red Bull tem 303,5.
A F1 volta acelerar no próximo fim de semana, no circuito de Zandvoort, nos Países Baixos, e também existe previsão de chuva. Esperamos que dessa vez tenha, de fato, uma corrida.
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