O que muda na Stock Car em 2021

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Além disso, todas as etapas serão transmitida ao vivo em TV aberta. O novo formato chega com duas provas consecutivas, sendo uma de 25 minutos e outra de 20 minutos. Os carros não vão parar entre as corridas para a inversão do top-10 do grid e apenas contarão com uma volta para realinhamento.

Pentacampeão da Stock Car, Cacá Bueno afirma que o novo formato é bom como produto para o novo fã de automobilismo.

“Você tem uma parcela da audiência que quer ver algo mais dinâmico, que quer ver algo mais rápido, com começo, meio e fim sem ter que parar tanto, sem um intervalo de uma hora entre uma corrida e outra”, disse Cacá em entrevista ao programa Velocidade iCarros na última quarta-feira (07).

“Isso às vezes tira aquela pessoa do sofá, ela vai zapear e buscar um outro conteúdo. Então tem muita gente que gosta de automobilismo, mas que não é o amante do automobilismo. Até porque durante muitos anos a gente não tinha tantos bastidores, a gente não contava as histórias dos ídolos, a gente não formava ídolos”, afirma.

“Vivíamos com os ídolos formados do passado e isso faz com que a gente tenha uma deficiência na compreensão da história, do storytelling, o que está sendo contado durante aquele evento. Então ao unir as duas corridas em uma grande evento, isso facilita para o público novo, mas dificulta para o cara que já estava (acompanhando)”, completa Cacá, que renovou com a equipe Crown Racing para 2021 e disputará sua 20ª temporada na Stock Car.

Após a temporada mais competitiva de sua história, com 13 vencedores diferentes em 18 corridas disputadas, a principal categoria do automobilismo brasileiro terá pilotos consagrados no grid, como a chegada do ex-F1 Felipe Massa e de Tony Kanaan, ex-Indy.

Em sua 20ª temporada da Stock Car, Cacá destaca o alto nível e a competitividade que a categoria proporciona em toda a sua história.

“A Stock Car é apaixonante e tem o seu público exatamente pela competitividade, pela dificuldade de vencer, pelo reconhecimento inclusive dos próprios pilotos que já competiram em tudo que é categoria do mundo e a Stock Car é a mais difícil de se ganhar de todas. E isso é real”, afirma Cacá.

“São 13 pilotos diferentes ganhando corrida, o que mostra exatamente como é o equilíbrio da categoria e não tem ninguém que ganhe mais do que duas ou três no ano”, completou.

Além disso, o pentacampeão da Stock Car explicou que o objetivo de conquistar o maior número de pontos possíveis nas etapas segue sendo prioridade para os pilotos, mas que o risco para que isso aconteça continua alto.

“Esse ano eles vão premiar os dois vencedores de corrida e o piloto que fizer mais pontos durante o final de semana. Essa é a grande vitória do final de semana. É óbvio que você pensa na corrida tradicional e o piloto quer ganhar a corrida, ele quer subir no pódio no primeiro lugar. Mas o real vencedor daquele final de semana é o cara que mais pontuou. Porém é uma conta muito difícil de fazer e com o risco muito alto. Porque você tem o risco de uma segunda largada e a largada é onde tem muitos incidentes”, diz Cacá.

“Se você tem um carro bom e faz dois terceiros ou dois quartos, fenomenal. Você vai às vezes fazer mais pontos do que o cara que ganhou a corrida 1, mas a longo prazo o seu risco é muito maior e provavelmente aquele cara que ganha as provas número 1 será o campeão ou o grande favorito ao título no final do campeonato”, ponderou.

A Stock Car também manteve duas novidades do regulamento do ano passado, mas que agora foram ampliadas. Em vez de três descartes obrigatórios dos resultados, os pilotos terão a possibilidade de quatro descartes, além do lastro de sucesso, que dá um peso extra aos líderes do campeonato. Neste ano ele será distribuído até o sexto colocado na classificação.

Sobre a nova quantidade de descartes, Cacá acredita que é uma medida importante devido ao momento de pandemia que o mundo vive. “A gente tem que lembrar que vivemos uma época de exceção, ainda estamos em pandemia. Se um piloto testar positivo e não puder correr em um final de semana, é muito grave para ele não poder disputar um título porque ele teve covid”, diz.

“Isso pode acontecer com qualquer um e tem acontecido infelizmente com muita gente. Então, eu acho que esse descarte não é só para batida, não é só para quebra, mas é uma condição única sanitária”, completou Cacá.

A temporada da Stock Car, que começaria no dia 28 de março no Velopark (RS), já foi adiada uma vez por conta do agravamento da pandemia no Brasil e agora tem seu início marcado para o dia 25 de abril em Londrina, no Paraná.

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