Avaliação: Mercedes-Benz A 200 2016

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O Mercedes-Benz Classe A reestilizado chegou ao Brasil no início deste ano

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Hatch é oferecido nas versões A 200 (foto) e A 250

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O Classe A briga diretamente com rivais como BMW Série 1 e Audi A3

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Grade frontal traz agora apenas uma linha cromada no lugar da anterior com duas

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O desenho também mudou

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Detalhe da nova grade dianteira

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Atrás, as lanternas também foram redesenhadas

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Rodas são de 17 polegadas

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Seu porta-malas tem capacidade para 341 litros

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O hatch é equipado com motor 1.6 turbo flex de 156 cv de potência (com ambos os combustíveis)

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Acabamento é muito bom, como esperado de um Mercedes, mesmo sendo o modelo de entrada da marca alemã

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Banco do motorista traz ajustes manuais

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Bancos são esportivos, com bom apoio lateral

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Quem viaja no banco traseiro também tem bom espaço para pernas e joelhos

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Falta um pouco de espaço, porém, para a cabeça

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Hatch possui sete airbags, ar-condicionado automático e partida por botão

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Hatch ganhou central multimídia mais moderna com tela de oito polegadas e função de espelhamento de smartphones

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Botão giratório no console central serve para acessar os comandos da central multimídia, que não tem tela sensível ao toque

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Com a reestilização, o hatch ganhou os modos de condução Eco, Comfort, Sport e Individual

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Eles alteram parâmetros do carro como motor, câmbio, suspensão e direção

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Detalhe do botão no painel que altera os modos de condução

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Desde a campanha do “Ah, Lelek lek lek” de 2013, o Mercedes-Benz Classe A parece ainda buscar um espaço para chamar de seu. Não que ele não tenha potencial para isso. Houve até quem abordasse essa repórter dizendo ser o Classe A o carro dos seus sonhos. O problema é que ele ainda traz no nome o estigma da fracassada primeira geração – feita em Juiz de Fora (MG) – além de enfrentar uma concorrência dura contra Audi A3 e BMW Série 1. Desde o seu lançamento no Brasil, em 2012, o novo Classe A soma 5.403 unidades vendidas, sendo que o maior volume foi em 2014, com 2.183 unidades.

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Carro de entrada da marca, o A 200 avaliado custa R$ 139.900, mas há ainda o A 250 de R$ 194.900. Para comparar, o Série 1 parte de R$ 157.950 e o A3 de R$ 120.990. Na disputa por mercado, o Classe A foi reestilizado e modernizado em janeiro deste ano. Ganhou grade com apenas uma linha cromada no lugar da anterior com duas, além de um novo desenho. Faróis, para-choques e lanternas traseiras também foram redesenhados. Por dentro, as mudanças aparecem na central multimídia mais moderna com tela de oito polegadas e função de espelhamento de smartphones e na inclusão de um sistema com modos de condução, já presente em outros modelos da marca como o Classe C.

Motorização e consumo

O hatch é equipado com motor 1.6 turbo flex de 156 cv de potência (com ambos os combustíveis) e câmbio automatizado de sete marchas e dupla embreagem, com opção de trocas manuais nas borboletas atrás do volante. Destaque na reestilização, os modos de condução Eco, Comfort, Sport e Individual alteram os parâmetros do carro como motor, câmbio, suspensão e direção. No modo Individual, o condutor pode alterar cada uma dessas características conforme a sua preferência, o que permite agradar a todos os estilos de motorista.

O conjunto não é nada mau, mas também não empolga – claro nem é essa a proposta do A 200, afinal, quem quer esportividade opta pelo A 250 ou ainda pelo AMG (se puder pagar os R$ 301.900). O problema é que o “lag” (tempo para o turbo encher) é bastante perceptível, gerando respostas lentas em arrancadas e retomadas mesmo no modo Comfort. No Eco então, isso se agrava como esperado de um modo que privilegia o consumo. Segundo a Mercedes, o A 200 acelera de o a 100 km/h em 7,8 segundos e atinge a velocidade máxima de 224 km/h.

Se você quer agilidade, melhor ficar com o modo Sport, embora o ruído na cabine se eleve um pouco em função do motor trabalhar em giros maiores. A vantagem é que o A 200 não bebe demais. Durante a avaliação do iCarros, o modelo registrou no computador de bordo média de 7,5 km/l rodando na cidade, com gasolina, a maior parte do tempo em congestionamentos.

O conforto a bordo fica prejudicado pela suspensão mais firme em conjunto com os pneus - que são run-flat - aro 17” de perfil baixo medida 225/45. Esse acerto é ótimo na estrada e “gruda” o carro no chão nas curvas, mas cobra um preço considerável nas ruas maltratadas de São Paulo. Não é à toa que o Classe A seja um sucesso na Europa. No mais, a dirigibilidade é digna de elogios.

Espaço interno

Por dentro, o Classe A com seus 4,29 m de comprimento é bastante espaçoso. Quem vai na frente desfruta da comodidade dos bancos esportivos, com bom apoio lateral. E quem viaja no banco traseiro também tem bom espaço para pernas e joelhos, embora menos para a cabeça. Seu porta-malas tem capacidade para 341 litros, suficiente para a bagagem de uma família. Para comparar, o Ford Focus Hatch tem 316 litros e o VW Golf tem 313 litros.

O acabamento é digno de um Mercedes, mesmo sendo o carro de entrada da marca, com ótima escolha de materiais e comandos à mão. Aliás, por ser o modelo mais barato, não há ajustes elétricos para o banco do motorista. O que poderia melhorar é a central multimídia, que se modernizou e ganhou a função de espelhamento de smartphones, mas segue sendo pouco intuitiva.

Equipamentos de série

O A 200 vem com sensor de chuva, ar-condicionado automático, controlador de velocidade, partida por botão, faróis full-LED, sistema com quatro modos de condução (Eco, Comfort, Sport e Individual), Start/Stop, rodas de liga leve de 17 polegadas, freio de estacionamento elétrico, volante multifuncional revestido de couro, alarme, computador de bordo, bancos esportivos, função Hold (mantém o carro freado sem a necessidade de manter o pedal pressionado), sistema isofix para cadeiras infantis e central multimídia com Bluetooth (tela não é sensível ao toque).

A segurança também não fica para trás, contando com controle de tração e de estabilidade, assistente de partida em rampa, sete airbags (frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista), sistema que detecta sonolência no motorista, pneus run-flat (dispensa o estepe e permite rodar alguns quilômetros com o pneu furado) e aviso de perda de pressão dos pneus. Mesmo com uma lista ampla como essa, falta sensor de estacionamento traseiro. 

O Classe A já era bom e ficou ainda melhor depois da reestilização com a adoção dos modos de condução. O problema é que ele ainda não encontrou seu público alvo, além de cobrar caro pelo conjunto que oferece. Jovens talvez prefiram o BMW Série 1, mais invocado, ou até o cupê CLA, que parte de R$ 153.900. Já as famílias têm a opção do SUV GLA dentro da própria marca a partir de R$ 146.900, ou seja, arcando apenas com R$ 7.000 a mais.  É uma briga dura. Dentro e fora de casa.

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