22/08/2022 - Fernando Calmon / Foto: Divulgação / Fonte: iCarros
Em 19 de agosto de 1967 comecei no jornalismo especializado em automóveis atraído inicialmente pelas competições. Foi a data de estreia ao vivo do programa Grand Prix, na TV Tupi do Rio de Janeiro (RJ). No ano seguinte, iniciei uma coluna sobre indústria automobilística no Jornal do Commercio, também no Rio.
Desde 1976 em São Paulo (SP) e agora com 55 anos nesta estrada, escolhi um fato relevante no ano de 1967. Foi a mudança na Suécia em 3 de setembro de 1967 que inverteu a chamada mão esquerda de direção (ou inglesa) para a mão direita (também conhecida como francesa).
Historiadores relatam que desde os tempos do Império de Roma os cavaleiros escolhiam o lado esquerdo das trilhas para poderem manejar a espada com a mão direita, caso fossem atacados. O imperador da França Napoleão Bonaparte, no século XIX, inverteu o sentido. Uns dizem por ser canhoto, outros porque podia ver melhor os inimigos a distância ou apenas para contrariar os ingleses.
Os primeiros carros tinham volante de direção na direita e outros na esquerda. A mão direita acabou prevalecendo, mas a Suécia levou décadas para mudar. Havia muitos carros importados da Europa e outros países com direção no lado esquerdo até o Parlamento sueco decidir em 1963 trocar a mão de circulação. Um planejamento minucioso de quatro anos decorreu até o domingo marcado para a mudança, conforme a Wikipédia.
“Todos os veículos tinham de parar completamente às 04:50 da manhã, para em seguida cuidadosamente mudar para o lado direito das vias e parar novamente, até a autorização para circular ser dada às 05:00. Na capital Estocolmo e em Malmö, a proibição de tráfego foi bem mais duradoura: das 10:00 da manhã de sábado às 15:00 do domingo.” Na segunda-feira os cuidadosos suecos se envolveram em acidentes reportados abaixo da média e nenhum fatal por conta da inversão de mão. Até os faróis assimétricos dos carros tiveram de ser trocados, o que não era tão caro na época.
Hoje ainda há 70 países com mão de direção do lado esquerdo, a grande maioria com frotas pequenas. Incluindo territórios são 76.
Em 1967 houve 32 lançamentos importantes de automóveis no mundo. Entre os mais conhecidos aqui: Alfa Romeo Montreal e 1750, Aston Martin DBS, Chevrolet Camaro, Ford Escort, Mercury Cougar, Pontiac Firebird e Toyota 2000 GT.
No Brasil novidades eram raras. Em 16 de fevereiro de 1967 começou a produção do Ford Galaxie. Até o Fusca 1300 era “comemorado” naquele ano, embora o 1.200 já fosse líder desde 1961. A VW comprou a Vemag e descontinuou a produção do DKW, inviabilizando o Puma GT dos quais foram produzidas (estimativamente) apenas 135 unidades. Os mais vendidos 55 anos atrás, depois do Fusca, eram Kombi, Ford Rural, Galaxie, Aero-Willys e Willys Jeep nas primeiras seis posições.
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