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iCarros visita o IAA, o maior salão do mundo

Saiba quais foram as principais novidades do Salão de Frankfurt

28/09/2011 - Anelisa Lopes / Fonte: iCarros

"Zukunft serienmässig" ou "o futuro vem de série". Este foi o tema da 64ª edição do Salão de Frankfurt (IAA), que aconteceu entre os dias 15 e 25 de setembro, na Alemanha. Setenta e cinco montadoras, espalhadas em 210 mil m² de área, mostraram seus últimos lançamentos e tudo o que se pode esperar da indústria automotiva para as próximas décadas.

Mais uma vez, o foco da feira alemã foi baseado em tecnologias ecologicamente corretas para a locomoção. Por lá, a potência deu lugar a sistemas que prezem a pouca, ou nenhuma, emissão de poluentes. Grande parte dos estandes mostraram seus exemplares híbridos (conjunto de motor a combustão e elétrico) ou totalmente elétricos. O tema é tão recorrente que um pavilhão foi dedicado somente aos modelos e tecnologias do tipo.

Anfitriãs fazem a festa        
  
Um teatro, com direito a uma "rua" de palco. Um shopping center de três andares, só com carros nas "vitrines". Um circuito oval, com pilotos e jornalistas "zanzando" para lá e para cá. Se BMW, Mercedes e Audi chamaram a atenção do visitante do salão de Frankfurt com uma produção memorável em seus estandes, Porsche e Volkswagen não ficaram atrás com seus lançamentos.

A partir de um telão gigante que mostrava um cenário totalmente urbano e de uma pequena pista, a BMW desfilou os modelos elétricos das marcas pertencentes ao grupo alemão (MINI e Rolls-Royce), dois lançamentos que deverão estar em breve no mercado - o novo Série 1 e o Série 5M -, além dos conceitos da submarca de elétricos i, o i3 e i8. No fim da apresentação, o palco ficou "congestionado" com tantas máquinas.

A Mercedes-Benz usou e abusou do enorme espaço do seu estande e construiu três pavimentos, interligados por escadas. Em cada um deles, uma novidade para encher os olhos do visitante: novo Classe B, seguido pelo SLS AMG roadster, Classe M e SLK 55 AMG. Todas as novidades estarão no mercado brasileiro em 2012.

Para se sentir em um circuito verdadeiro, só faltou o capacete. Único estande separado de todos os pavilhões, o espaço da Audi inovou com a montagem de uma pista interna de 400 metros de extensão para teste drive de alguns modelos. Na parte de dentro do estande, a linha S (S4, S5, S6, S7 e S8) disputava as atenções com o restante da linha da marca alemã e do conceito A2. Acompanhando a ofensiva da Mercedes, toda a linha S também virá ao Brasil no ano que vem.

Um pouco mais discreto e sem grandes inovações, o estande da Porsche tumultuou o salão por um "simples" motivo: a sétima geração do 911 Carrera. Ainda mais atraente, foi um dos modelos mais fotografados durante o primeiro dia de coletivas de imprensa. Pertinho de lá, a Volkswagen recebia os visitantes com seu futuro popular no mercado europeu: o Up!.

Por sinal, o carrinho não está só no salão. Há propaganda do lançamento no aeroporto, na estação de trem e por onde se passa em Frankfurt. Impossível não levá-lo como recordação quando ir embora da Alemanha.

Salão transforma Frankfurt em uma eletri-cidade

Por todos os lados, o visitante lê a palavra futuro. No IAA, no entanto, ele significa hoje. O que para nós, brasileiros, ainda está muito à frente, aqui é tratado como realidade. Há alguns anos, já se falava em motores elétricos na feira alemã. Ainda é tema recorrente, mas, nesta edição, o assunto está consolidado.

Quase todos os estandes possuem sua amostra de carro elétrico. Para alguns, ainda se trata de lançamento. Para a maioria, no entanto, é mais um modelo em exposição para que o visitante possa conhecer e, claro, comprar. A onipresença da "eletricidade" justificou a criação de um espaço somente para este tipo de tecnologia.

O Halle 4, ou pavilhão 4, convida a conhecer todos os sistemas possíveis que envolvam locomoção e sistemas alternativos de energia baseados em
baterias, como explicado no espaço da Bosch. Atualmente, a empresa possui dois tipos, o híbrido elétrico (combinação entre bateria e um motor a combustão) e o plug-in híbrido (motor a combustão e elétrico carregado por
meio de tomada em uma torre de abastecimento). Dois outros sistemas estão em desenvolvimento: o elétrico com carregamento dentro do carro e o totalmente elétrico. No pavilhão, além dos carros, também há modelos de bicicletas elétricas, transporte comum na Europa.

No local, as montadoreas francesas expõem seus exemplares, já vendidos no mercado europeu. Por 40 mil euros, o Peugeot 3008 Hybrid 4 combina um motor a diesel com uma bateria de íon-lítio de 16kw. Com 30 minutos de tomada, 80% da carga está disponível; com isso, é possível rodar 150 quilômetros. Totalmente elétrico, o Citroën C-Zero deve permanecer por 6 horas em tomada doméstica ou 30 minutos em uma estação de carga. Com velocidade máxima de 130 km/h, custa 35 mil euros.

A Siemens apresenta vários tipos de carregadores: para deixar na garagem de casa, públicos (o custo é medido por tempo de carga; já há um modelo da empresa de trens alemão, a DB) e semipúblicos (encontrado em estacionamentos privados). De acordo com Ralf Bregulla, executivo da empresa, o último tipo deverá ser o mais comum na Alemanha, onde já foram vendidos 3.000 carros totalmente elétricos. "Acredito que em 2012, este número deva saltar para 10 mil. E, em cerca de 15 anos, mais de 50% da frota alemã deverá ser movida a baterias", acredita. Segundo ele, uma estação doméstica para carregar o carro, lançada recentemente pela empresa, custa cerca de 1.000 euros.

Por aqui, o europeu, pelo menos o motorista alemão, já está se acostumando a esta realidade. Em alguns anos, este cenário deverá dar uma nova configuração ao modo de se locomover na Europa: sem uso de combustível, emissão zero de poluentes, de forma silenciosa e a uma velocidade média mais baixa que a atual, já que grande parte dos veículos elétricos possui velocidade máxima perto dos 150 km/h.

As vantagens são claras. Desvantagens, por enquanto, estão na acessibilidade à tecnologia e no descarte das baterias. E, ao menos na Alemanha, as famosas autobahn (estradas sem limite de velocidade), sinônimo de potência e esportividade, estão a alguns anos de perder a graça...

No meio do caminho tinha uma chinesa    
        
No mapa do salão, em meio a tantas marcas europeias, japonesas, americanas e sul-coreanas, um nome foge do convencional: Changan. A marca chinesa figura sozinha entre tantos fabricantes de automóveis já que, em Frankfurt, o número de veículos chineses é inversamente proporcional à quantidade de jornalistas deste país que cobrem o evento.

A Changan é uma marca do grupo Chana, um dos mais importantes da China, que possui parceria com a Ford, Suzuki e Mazda. De acordo com a representante da empresa no estande, a Changan está se preparando para entrar no mercado europeu, mas ainda não há previsão de data. A estreia pode acontecer nos próximos dez anos.

No espaço dentro do pavilhão, poucos detalhes fazem alusão à origem asiática. No centro do estande, um enorme conceito, a limusine Sense, gira para lá e para cá. Outros protótipos de um sedã médio e de um utilitário esportivo, dividem atenção ao lado do único modelo de série, o Eado, que será lançado em breve na China.

Rígidas, as leis de segurança e emissão de poluentes ainda impedem que os modelos chineses invadam a Europa. Dessa forma, a Changan desenvolveu um conceito elétrico, o Clover, em uma tentativa de começar a sua briga neste mercado.

 

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