ASX Outdoor leva Mitsubishi mais longe

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Mitsubishi ASX Outdoor é a nova opção para o SUV da marca

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Modelo foca nas habilidade fora do asfalto

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ASX Outdoor custa R$ 97.990

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Com tração integral e câmbio manual, modelo vai bem quando o asfalto acaba

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Maior vão livre em relação ao solo permite até travessias de pequenos rios

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Ganchos de reboque são um dos itens exclusivos da versão Outdoor

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Assim como as molduras plásticas pintadas de cinza

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Interior do carro, porém, já mostra sinais da idade

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A partir de dezembro, chegará às revendas Mitsubishi a nova configuração Outdoor para o SUV ASX, focando não só no visual como também na capacidade de uso no fora-de-estrada. O modelo custa R$ 97.990 e se torna uma versão intermediária entre a de entrada 4x2 com câmbio manual (R$ 92.490) e a topo de linha 4x4 CVT (R$ 119.990).

Para justificar seu valor, a nova configuração traz não somente a cor laranja exclusiva – as demais tonalidades do ASX convencional também estão disponíveis – como também uma série de novos equipamentos pensados para o uso na terra. “Nós utilizamos diversos componentes do ASX-R (de competição) e vários aspectos estéticos do carro são influenciados pelo rali”, afirma Fernando Pereira, diretor de planejamento de produto da Mitsubishi.

Entre as modificações mais visíveis, estão a nova grade dianteira exclusiva, mais leve e resistente que a original, molduras plásticas nas caixas de roda e laterais, ganchos de reboque, rack de teto e o uso de pneus de uso misto. Por dentro, a única alteração é a adoção de um tecido novo para os bancos, mais fácil para limpar. “Várias peças foram pintadas de cinza escuro, pois é uma cor que resiste melhor a abusos”, diz Pereira sobre a utilização dessa tonalidade nas rodas, espelhos, para-choques e abrigos dos faróis de neblina.

Entre os itens de série do ASX Outdoor, estão equipamentos já utilizados na versão de entrada, como direção elétrica, ar-condicionado automático, regulagem de altura e profundidade para o volante, piloto automático, volante com comandos do rádio e acionamento elétricos de portas, janelas e espelhos. Porém, a nova configuração adiciona alguns itens da topo de gama, como tração integral, tela multimídia de toque com conectividade via Bluetooth e USB, assistente de partida em rampa e os controles de tração e estabilidade.

Confira a opinião dos donos de Mitsubishi ASX

Nas medidas

Sem grandes alterações estruturais em relação ao ASX comum, a configuração Outdoor tem 4,3 m de comprimento, 1,8 m de largura, 1,7 m de altura e 2,7 m de entre-eixos. Seu bagageiro é capaz de acomodar 605 litros de malas. Porém, os números mais importantes considerando a proposta off-road do carro são o ângulo de ataque (frontal) de 23 graus, o de saída (traseiro) de 35 graus e os 215 mm de altura em relação ao solo.

O motor não traz novidades: é o mesmo 2.0 16V apenas a gasolina com comando variável de válvulas capaz de entregar 160 cv de potência a 6.000 rpm e 20,1 kgfm de torque a elevados 4.200 rpm. Na configuração Outdoor, a única opção de câmbio é o manual de cinco velocidades, o que casa bem com o uso fora do asfalto e a tração integral. Há um seletor no console central para comandar a distribuição de força: 4x2, enviando a força apenas ao eixo dianteiro, 4x4 Auto, no qual o computador identifica a necessidade de enviar potência também ao eixo traseiro quando o dianteiro perde tração, e 4x4 Lock, que envia a força às quatro rodas em todos os momentos.

Se não pode rodar com etanol, ao menos o consumo do SUV é comedido considerando a tração integral e o porte do ASX Outdoor: segundo o Inmetro, o Mitsubishi é capaz de fazer 7,6 km/l em uso urbano e 8,9 km/l em regime rodoviário.

Veja a ficha técnica completa do Mitsubishi ASX

Se sujar é bom de vez em quando

Apesar de parecer apenas mais um SUV com roupagem off-road, o ASX Outdoor consegue performar bem na terra. Com uma altura elevada em relação ao solo, câmbio manual e tração integral, o veículo manda bem contra as adversidades de terrenos acidentados, lama e até pequenos rios sem passar preocupações para o motorista. Mas também há limites: degraus muito elevados ou valetas mais profundas precisam de paciência. Se ultrapassados com velocidade, acabam raspando os para-choques do ASX (principalmente o dianteiro).

No asfalto, a idade do projeto aparece

Passada a diversão na lama - onde o Outdoor fica bem à vontade, aliás – é preciso encarar a realidade: ainda se trata de um ASX e o modelo sofreu poucas alterações nos últimos anos. Isso significa que o acabamento interno e os comandos ficam devendo em qualidade de construção e materiais para alguns concorrentes mais novos, principalmente o Jeep Renegade, que por R$ 99.900 (menos de R$ 2.000 de diferença) entrega um câmbio automático de nove marchas, a força de uma motorização turbodiesel e um sistema de tração integral similar ao do modelo da Mitsubishi. Porém, se comparado pra valer aos SUVs compactos, o ASX tem como atrativos um motor que responde bem em altas rotações, o que é positivo para o uso rodoviário, e espaço interno para levar cinco adultos com poucas restrições e muita bagagem.

Vai vender? – De acordo com a Mitsubishi do Brasil, o plano é comercializar até 100 unidades por mês da versão Outdoor, enquanto a média de vendas do ASX no total se situaria entre 600 e 700 unidades por mês. Apesar de trazer uma capacidade de sair do asfalto (bem) acima da média para o segmento de SUVs, o ASX Outdoor cobra caro por isso e, quando não está brincando na terra, fica devendo em acabamento e desempenho para concorrentes mais atualizados e, às vezes, até mais baratos. Porém, há um espaço para novidade entre os fãs da marca que ficaram órfãos de um SUV de menor porte com reais capacidades no 4x4 desde que o Pajero TR4 saiu de linha. No final das contas, o número da marca deve se provar correto, mas não ultrapassado.

Viagem a convite da Mitsubishi
 

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