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Os carros pioneiros no Brasil

Turbo? 16V? Projeto nacional? Conheça carros que foram pioneiros em sua época exibindo tecnologias comuns hoje em dia

15/12/2014 - Thiago Moreno / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

O Salão do Automóvel mostrou diversas novidades para o mercado brasileiro. Carros que serão fabricados aqui, novos modelos importados e a popularização do uso de turbocompressor. Tudo muito bacana, exceto por não ser novidade alguma, mesmo no mercado brasileiro, que costuma levar muito tempo para adotar tecnologias de ponta. Confira agora os carros que foram oferecidos no Brasil e que eram mais pioneiros em sua época que muito novato do Salão.

Mecânica de primeira

Volkswagen Gol GTi - Injeção eletrônica - 1989
No final dos anos 1980, enquanto o resto do mundo já estava adotando a injeção eletrônica de combustível como padrão, o Brasil insistia na carburação. A culpa era do governo, que restringia as importações de itens tecnológicos - categoria em que o sistema de alimentação computadorizado se encaixava - alegando estar protegendo a indústria nacional.

Coube à Volkswagen, em 1989, ser a pioneira com essa tecnologia numa cara e limitada versão esportiva do Gol, seu carro mais popular. Assim nasceu o Gol GTi, com um motor 2.0 8V a gasolina capaz de entregar 112 cv de potência com a conveniência de dar menos manutenção que o carburador e aposentar de vez o incômodo afogador.

Fiat Tempra 16V - Motor multiválvulas - 1993
O Fiat Tempra foi lançado em 1991, mas a primazia de oferecer o primeiro motor de quatro válvulas por cilindro de série no mercado nacional ocorreu apenas em 1993, com o lançamento do Tempra 16V. A versão de 8V desenvolvia 99 cv, contra 127 cv da novidade.

Fiat Uno Turbo I.E. - Turbo de fábrica - 1994
Se o Tempra precisou de um motor 2.0 para desenvolver 127 cv, o Uno conseguiu entregar 118 cv com um pequeno 1.4 a gasolina. Como? Do mesmo jeito que todos os adeptos do downsizing no século XXI: usando uma turbina. O Fiat Uno Turbo i.e. contava também com injeção eletrônica e foi o primeiro carro fabricado no Brasil a oferecer esse tipo de sobrealimentação de fábrica.

Dodge Polara - Motor a álcool  - 1975
Se você acha que o Fiat 147 foi o primeiro carro movido a álcool no Brasil, não está muito longe da verdade. A realidade é que o pequeno hatch fabricado em Betim (MG) foi o primeiro carro fabricado em série no Brasil capaz de rodar com o combustível vegetal. O que poucos sabem, porém, é que o primeiro nacional a rodar com etanol, ainda que na forma de um protótipo, foi o Dodge 1800, que viria a se chamar Polara anos mais tarde.

Mercado brasileiro

DKW Universal e Romi-Isetta - Os primeiros nacionais - 1956
Na década de 1950, o governo deu os primeiros passos no sentido de desenvolver a indústria automotiva nacional e, no mês de setembro de 1956, as primeiras unidades do pequeno Romi-Isetta saíram da linha de produção. Porém, por ter apenas uma porta, não era considerado automóvel. Assim, em outubro daquele ano, coube à DKW-Vemag com a peruinha Universal fabricar o primeiro carro com mais de 50% de índice de nacionalização.

Ford Galaxie - Luxo tupiniquim - 1967
Se os primeiros carros nacionais começaram a ser feitos na segunda metade da década de 1950, um automóvel grande e de luxo foi ser construído no Brasil quase onze anos depois, quando a Ford passou a fabricar por aqui o Galaxie, que alguns anos depois se chamaria Landau. Naquela época, possuía motor V8 e tinha ar-condicionado, uma novidade para os automóveis da época, como opcional.

Gurgel BR800 - Brasileiro de verdade - 1988
Desde os tempos de faculdade, João Augusto Conrado do Amaral Gurgel sonhava em fazer um carro 100% nacional. Mesmo tendo criado a Gurgel Motores em 1969, foi apenas em 1988 que ele realizou esse desejo com o BR800. Ele foi o primeiro veículo totalmente desenvolvido no Brasil por uma empresa de capital 100% nacional. Tanto que, na época, enquanto as multinacionais dominavam o mercado, Gurgel chamava o pequeno BR de “muitonacional”.

Mercedes-Benz 300E - Reabertura do mercado - 1990
Com as importações de automóveis proibidas desde 1974, os brasileiros tinham poucas opções de automóveis de luxo. Trazer um carro 0km de fora do Brasil só voltou a ser permitido em 1990 e coube a um Mercedes-Benz 300E ser o primeiro importado trazido para cá após o fim das restrições. Essa configuração, em 1990, possuía um motor 2.6 a gasolina com seis cilindros em linha e 160 cv de potência.

Tecnologia de panela velha

Miura Saga - Sintetizador de voz - 1986
Apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo em 1984, o Miura Saga trouxe algo até então inédito no mercado nacional: o carro falava com você! Claro que era um sistema bem simples de sintetizador de voz, mas era algo nunca visto por aqui. O Saga avisava o motorista sobre o afivelamento do cinto de segurança, combustível na reserva, temperatura do motor, pressão do óleo e para retirar a chave do contato.

Kadett GSi - Painel digital - 1991
Quando a Chevrolet apresentou o Kadett GSi em 1991, o que deixou o público boquiaberto não foi o uso de injeção eletrônica, o Gol havia feito isso dois anos antes. O hatch esportivo foi o primeiro no Brasil a contar com um painel de instrumentos totalmente digital, algo raro na época.

 

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