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Sem sucesso como pilotos, eles hoje mandam na F1

Das 10 equipes que formam o grid da F1, seis delas possuem chefes de equipe que já aceleraram em outras categorias

01/04/2020 - Rodrigo França e Luiz Felipe Chaguri / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros

Alguns dos maiores técnicos de futebol também foram jogadores. Mas você sabia que o mesmo se aplica a muitos dos atuais chefes de equipe da F1? Há casos clássicos de grandes campeões que formaram equipes, como Jack Brabham e Bruce McLaren. Em casos mais recentes, Jackie Stewart fundou seu time - que se tornou a atual Red Bull - e Alain Prost também tentou levar seu sobrenome a um time - mas tendo ido a falência no final de 2001.

Talvez o caso que mais se aproxime disso atualmente seja o de um dos personagens mais lendários dos boxes da F1. Frank Williams chegou a ser piloto e também trabalhava com a parte mecânica dos carros, enquanto seu emprego na verdade era de representante de vendas.

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Frank decidiu arriscar tudo aos 24 anos, quando criou sua própria equipe de carros de corrida: a Frank Williams Racing Cars. Ele administrou o time em provas da F3, F2 e conseguiu chegar na F1 em 1969.

Um exímio negociador, Frank ajudava no desenvolvimento dos carros e também sabia o momento certo de fazer negócios, tanto é que permaneceu nesse esquema de “sobrevivência” até 1976.

No início de 1977, a equipe passou a se chamar Williams F1, comandada pelo próprio Frank e pelo seu inseparável amigo Patrick Head.

Frank foi campeão pela primeira vez em 1980 com o piloto Alan Jones, ano em que a equipe também levou o título do Mundial de Construtores. Passando por altos e baixos na carreira, Frank sofreu um acidente em uma estrada na França em 1986 que o deixou tetraplégico.

A história completa de sua vida é bem registrada no documentário Williams, que foi lançado em 2017 e mostra bem como ele é o último dos garagistas da F1. Hoje, o comando direto de sua equipe é de sua filha, Claire Williams.

Números de Frank Williams como chefe da equipe:

Número de vitórias: 114
Títulos de construtores: 9
Títulos de piloto: 7

Os chefes de equipe que foram pilotos

O caso de Williams era bem conhecido, mas já pensou que há outros cinco chefões das equipes que também aceleraram pensando em um dia estar na F1…. Mas como pilotos?

Toto Wolff (Mercedes)

O chefe de equipe mais bem-sucedido da F1 atual é Toto Wolff, que mudou a história da Mercedes na categoria. O austríaco entrou para o time em 2014 e desde então passou a ganhar tudo o que disputou como chefe da equipe alemã.

Foram cinco títulos mundiais de Lewis Hamilton e um de Nico Rosberg sob o seu comando, além dos seis títulos de construtores e 89 triunfos acumulados sob o gerenciamento de Toto.

Nascido em janeiro de 1972, Wolff iniciou sua carreira no automobilismo como piloto da Fórmula Ford Austríaca em 1992 e também competiu na Fórmula Ford Alemã em 1993 e 1994.

Sua principal conquista no automobilismo como piloto viria justamente em 1994, quando tinha apenas 22 anos e venceu as 24 Horas de Nurburgring, na Alemanhã. Wolff ainda competiu no Mundial FIA GT e no Campeonato Italiano de GT. Antes de virar acionista no mundo dos automóveis, Toto ainda disputou provas de rally.

Em 2009, Wolff comprou uma parte das ações da Williams e permaneceu no time até janeiro de 2013, quando passou a fazer parte da Mercedes.

Números de Toto Wolff como chefe de equipe da Mercedes:

Mercedes (2014 – atual)
Vitórias: 89
Títulos de construtores: 6
Títulos de piloto: 6

Zak Brown (McLaren)

Figura carimbada no paddock da F1, Zak Brown é um dos diretores da McLaren e um apaixonado por carros de corrida. Ele fundou a Just Marketing International, uma das maiores agências de marketing do esporte a motor.

Zak entrou para a McLaren no final de 2016, logo após o anuncio da saída de Ron Dennis da presidência da McLaren.

Nascido em 7 de novembro de 1971, Zak correu profissionalmente por 10 anos antes de focar suas habilidades também no mundo dos negócios. Ele começou como kartista nos EUA em 1986, onde ganhou 22 corridas em cinco temporadas.

Brown então decidiu se mudar para a Europa, onde fez sua estreia na Fórmula Ford 1600. Seu primeiro triunfo aconteceu em Donington Park. O chefe da McLaren ainda correu em várias outras categorias: Opel-Lotus Benelux, North America, Atlantic Series, F3 Inglesa, Indy Lights, F3 Alemã, além de várias outras categorias de GT.

No mundo de GT, Zak disputou algumas provas clássicas, conseguindo o segundo lugar nas 24 Horas de Daytona e também nas 12 Horas de Sebring em 1997. Ele chegou a competir oficialmente até 2013, quando participou da temporada completa do Campeonato Britânico de GT com um McLaren MP4-12C GT3. McLaren, inclusive, é um dos carros preferidos dele. O milionário possui modelo usado por Mika Hakkinen em 2001 (foto principal).

Na F1, Zak tenta mudar o rumo da história da equipe. O time das glórias de Ayrton Senna, Alain Prost e Hakkinen não vence uma corrida desde 2012, ano em que o time possuía os campeões mundiais Lewis Hamilton e Jenson Button.

O melhor resultado da McLaren desde a chegada de Brown aconteceu no GP do Brasil de 2019, quando Carlos Sainz conseguiu levar o time ao pódio depois de um jejum de cinco anos fora do top-3.

Christian Horner (Red Bull)

O inglês Christian Horner viveu o auge da sua carreira como chefe de equipe com as conquistas da Red Bull entre 2010 e 2013. Foram quatro títulos mundiais de piloto para Sebastian Vettel, todos eles também com Mark Webber como segundo piloto para garantir os títulos de construtores.

Atualmente, Horner segue na equipe e vem tentando levar a equipe austríaca de volta para os títulos mundiais. Nas últimas três temporadas, a equipe encerrou o mundial de construtores na terceira colocação, tendo como destaque o desenvolvimento de Max Verstappen com vitórias e pódios.

Antes de ingressar na F1 em 2005 na Red Bull, Horner, que atualmente tem 46 anos, foi piloto da Fórmula 3 Inglesa e da Fórmula 3000, categoria de base do automobilismo europeu. O início de sua carreira foi no kart e sua transição para os monopostos aconteceu na Fórmula Renault, quando ganhou uma bolsa com descontos para ingressar na categoria em 1991.

Horner competiu no Campeonato Britânico de Fórmula Renault pela Manor Motorsport em 1992, sendo eleito o melhor estreante do campeonato. Na F3 Inglesa, em 1993, Horner fechou a competição em segundo lugar na classe B com a equipe P1 Motorsport com cinco vitórias. Ele também competiu pelas equipes Fortec, ADR e TOM nos anos seguintes (1994, 1995 e 1996).

Em 1996, Horner correu na F2 e logo se mudou para Fórmula 3000 em 1997, que era considerada uma porta de entrada na época para os pilotos que buscavam o sonho da F1. Foi nesse período em que Horner percebeu que os gastos seriam extremamente altos, principalmente porque havia feito um empréstimo para fundar a equipe Arden, time que competia.

Horner conseguiu somente um sexto lugar em uma das provas no seu primeiro ano de F3000, que teve título de Ricardo Zonta em 1997. No ano seguinte, em que Juan Pablo Montoya foi campeão, Horner não obteve pontos na temporada, enquanto seu companheiro Kurt Mollekens conquistou pódios.

Foi assim que Horner abandonou a carreira de piloto e começou a trabalhar exclusivamente no desenvolvimento da Arden, equipe que até hoje compete nos principais campeonatos de base do automobilismo.

Números de Christian Horner com a Red Bull na F1:

62 vitórias
Títulos de equipe: 4
Títulos de piloto: 4

Franz Tost (Alpha Tauri)

Chefe de equipe da Alpha Tauri, equipe Toro Rosso até o final de 2019, Franz Tost é um ex-piloto austríaco e atualmente está com 64 anos, sendo um dos mais experientes entre os chefões das equipes de F1.

Tost chegou a competir na Fórmula Ford e na Fórmula 3 entre as temporadas de 1979 e 1985. Sua principal conquista foi o campeonato austríaco de Fórmula Ford 1600 na temporada de 1983. Como a carreira dentro dos carros não decolou, Tost decidiu se dedicar mais aos estudos de gestões esportiva. Sua chegada na F1 teve ligação direta com Ralf Schumacher, irmão de Michael.

Ralf teve Tost como seu manager desde os tempos da F3, sendo importante no auxílio da carreira do jovem piloto alemão. Além de ter trabalhado na Toro Rosso desde o início da temporada 2006, Tost participou justamente da direção da equipe BMW Williams entre 2000 e 2004, anos em que Ralf esteve no time.

Outro momento importante da carreira de Tost nos bastidores foi quando ele brigou com o piloto Scott Speed após o GP de Nurburgring em 2007. Speed disse ter sido agredido pelo dirigente e logo depois a Toro Rosso preferiu mandar o piloto embora, subindo um jovem talento chamado Sebastian Vettel.

Em 2008, Vettel venceria sua primeira corrida na carreira justamente pela Toro Rosso em Monza, na Itália. Atualmente, Tost trabalha Pierre Gasly e Daniil Kvyat, dois pilotos que tiveram chances na equipe principal da Red Bull, mas que acabaram sendo “rebaixados” de volta para a Toro Rosso.

Curiosamente, Gasly fez sua melhor corrida justamente no GP do Brasil de 2019, quando conseguiu um segundo lugar pela Toro Rosso.

Números positivos de Franz Tost pela Toro Rosso (atual Alpha Tauri):

1 vitória
1 pole position
3 pódios

Otmar Szafnauer – Racing Point

Nascido na Romênia em 1964, Otmar Szafnauer se mudou para Detroit (EUA) ainda com sete anos de cidade, mas não teve uma carreira focada em ser piloto, mas sim como diretor de fábricas após ter se formado em engenharia elétrica.

Ainda em 1986, Otmar entrou para a Ford nos EUA e posteriormente se tornou um gerente respeitado na empresa. Enquanto trabalhava na montadora, ele participou de um projeto de academia de pilotos chamado de Jim Russell Racing Driver School e foi ali que pegou gosto pela competição e decidiu correr em provas menores da Fórmula Ford americana a partir de 1991.

Ele disputou algumas provas nos anos seguintes, em 1993 e 1994, mas nunca apresentou resultados convincentes. Correr era mais uma diversão para ele do que qualquer coisa. Otmar ainda disputou uma prova da USF2000, categoria de base com foco na Fórmula Indy nos EUA, em 1995.

Otmar deixou a Ford em 1998, quando ingressou no ousado projeto da BAR de entrar para a F1 em 1999 com os pilotos Jacques Villeneuve e Ricardo Zonta. Ele ainda passou pela Jaguar e Honda e desde outubro de 2009 está na Force India.

A equipe indiana quebrou e foi vendida em 2018 para Lawrence Stroll, pai do piloto Lance Stroll. Mesmo com a mudança do nome da equipe para Racing Point, Otmar permanece no staff e foi promovido para chefe de equipe com a saída do ex-dono, o indiano Vijay Mallya.

Números positivos de Otmar Szafnauer com a Force India (atual Racing Point):

6 pódios
1 pole position

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