Retomada de veículos por não pagamento cresce em mais de 20%

18/08/2015 - iCarros

Fonte: iCarros

Retomada de veículos por não pagamento cresce em mais de 20%

A inadimplência no financiamento de veículos para pessoas físicas está estacionada em 3,9% desde dezembro, segundo o Banco Central (BC), mas empresas de recuperação de crédito registram um salto na retomada de automóveis por causa de atraso nos pagamentos.

Na carteira da Siscom, por exemplo, empresa que presta serviço de recuperação de crédito de veículos para sete bancos em todo o Brasil, o intervalo de Janeiro a Junho contou com um aumento de 21,4% no número de veículos retomados quanto comparado com o mesmo período do ano anterior. Segundo Satoshi Fukuura, presidente da empresa, tem havido uma quantidade surpreendente de entregas informais, ou seja, em que o cliente admite sua incapacidade de honrar o financiamento e devolve o bem, sem que haja ordem judicial. Esse tipo de devolução cresceu 35% na carteira da Siscom, enquanto a retomada pela via judicial registrou aumento de 13,24%.

Segundo a Fenabrave, pesquisas mostram que a capacidade de pagamento do consumidor tem sido corroída pelo descontrole financeiro provocado pelos aumentos nas contas de água e luz e, claro, pela perda do emprego.

De acordo com Leonardo Corrêa, diretor-executivo de outra empresa de cobrança, Proativa, muitos bancos perderam o interesse em focar na recuperação do automóvel. Invés disso as instituições tem preferido oferecer promoções aos devedores para reaver de forma ágil pelo menos parcela do crédito, uma vez que se sabe que quando o carro vai a leilão há depreciação do bem, além do fato de, muitas vezes, este apresentar diversas multas e avarias.

Dessa forma, segundo Corrêa, a saída encontrada por muitos bancos é renegociar com condições mais favoráveis aos clientes. A campanha que se fazia no fim de ano, por causa do 13º salário, agora está sendo feita o ano inteiro. Dependendo do tempo em atraso, alguns bancos concedem até 100% de desconto na multa e nos juros. Outras vezes, realoca para o fim do contrato as parcelas não pagas. "O objetivo é colocar o devedor em dia" — acrescentou.


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