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Parte das nossas histórias

10/12/2008 - Eduardo Hiroshi / Fonte: iCarros

A coluna desta semana será bem diferente das habituais. Se você tem acompanhado o meu trabalho, sabe que eu costumo escrever sobre mercado, lançamentos ou serviços. Dessa vez, quero falar um pouco sobre a relação emocional que muitos de nós temos com o automóvel. Os carros fazem parte da paisagem urbana há um século. Eles ditaram uma série de mudanças na sociedade e se tornaram sonhos de consumo. Carros evocam lembranças de infância. As minhas mais antigas dizem respeito a uma Kombi 1979 branca - claro que, como bom japonês, tinha de ter uma Kombi na história. Meu pai, que consertava aparelhos eletrônicos, precisava de um veículo grande para transportar televisões. Obviamente, conforto não era prioridade e as viagens de família eram um grande tormento. O carro do meu pai sequer tinha cintos de segurança no banco traseiro, que foram instalados em 1982. Por outro lado, há um fato que me sensibiliza até hoje. Um dia, quando tinha uns nove anos de idade, li uma reportagem numa revista especializada que falava sobre cinto de segurança. Conversei com meu pai - que é, como eu, um entusiasta por automóveis - e ele revelou que tinha sofrido um grave acidente de trânsito cerca de 15 anos antes e que, na ocasião, não usava cinto. Felizmente, não ficaram seqüelas, mas ele se preocupava com o tema e achou interessante que eu também me preocupasse. Naquele momento, ele decidiu, como um exemplo para mim, passar a usar cinto de segurança, inclusive na cidade, o que era motivo de chacota entre meus amigos de escola. O tempo provou que ele estava certo: o cinto passou a ser obrigatório, embora muita gente até hoje não compreenda sua utilidade e deixe de usá-lo no banco traseiro. Fiz questão de que meu último carro tivesse airbags, e espero que o próximo tenha airbags e freios ABS. Hoje, o carro para mim, mais que o foco do meu trabalho, é um objeto de curtição. Adoro dirigir e o melhor de qualquer viagem não é o destino, e sim o caminho. As melhores férias da minha vida foram a bordo de um automóvel, em 2006, quando pude dirigir cerca de mil quilômetros. Parava quando queria, tirava fotos de paisagens à beira da estrada, vi lindos pôres-do-sol e ouvi horas e horas de boas músicas. Neste exato momento, estou finalizando as edições de fim de ano da revista Car and Driver em ritmo acelerado, ansioso para pegar mais uma viagenzinha de uns 700 quilômetros rumo ao sul do Brasil. Muita gente vive e respira para o automóvel. Certamente há razões para isso: a mobilidade sempre foi um dos maiores desejos da humanidade, uma questão desafiadora. Carro virou símbolo não só de status, mas também de realização. Ele concentra um grande esforço para criar novas tecnologias que facilitarão nossas vidas (apesar do aumento dos congestionamentos). Também há o aspecto racional: o automóvel gera empregos numa cadeia que começa na siderurgia e termina nos setores de turismo, manutenção e serviços, gráficos, e por aí vai. Não há como ignorar o automóvel.
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