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Salão para sonhar

06/11/2008 - Eduardo Hiroshi / Fonte: iCarros

Se você ainda não foi ao Salão do Automóvel de São Paulo, vá. É consenso entre os jornalistas que cobrem o setor automotivo: esta foi a melhor edição da década. Quem sabe daqui a alguns anos seja possível dizer que este foi o melhor salão brasileiro de todos os tempos. Parafraseando o presidente Lula, nunca na história deste País houve um evento com tantas novidades, embora a maioria delas já tivesse sido antecipada há alguns meses. Este evento trouxe ao mercado algumas reflexões. A primeira delas é que o otimismo das indústrias pelo nosso País continua. Embora a crise mundial tenha jogado um balde de água fria, especialmente sobre as exportações, o discurso da maioria dos dirigentes foi positivo. Há uma aposta de que o cenário sombrio deve durar mais algum tempo - não muito, algo em torno de três meses - e que a economia mundial começará a se recuperar em seguida. Portanto, os investimentos que foram anunciados ao longo do ano passado - em especial pelas quatro grandes Ford, GM, Volkswagen e Fiat -, serão mantidos. Isso é um ótimo sinal: teremos muitos lançamentos. A segunda reflexão é que o brasileiro está ávido por novidades. Os números oficiais ainda não estão fechados, mas a organização do evento aposta num público recorde, de 600 mil pessoas. Chega de carros antigos disfarçados com visual novo. Os estandes mais concorridos (fora os habituais, que são a Ferrari e a Porsche) são justamente os que trouxeram mais novidades de verdade. E há as novidades pontuais. Os destaques, na minha opinião, ficam para os conceitos nacionais, todos com um pé no estilo crossover (alguns assumidos, outros menos) e a aposta no uso de materiais ecologicamente corretos. Houve algumas surpresas negativas, como o uso do nome Trazo (piada pronta, a-trazo) para denominar a nova marca de compactos do grupo Dodge no Brasil. Vamos ver como o mercado vai reagir - casos como o da van Besta e da marca Chana não causaram maiores comoções, então pode até ser que Trazo também dê certo. Com tanta gente querendo consumir - ou, pelo menos, ver de perto -, é hora de um terceiro recado: o Anhembi precisa melhorar sua infra-estrutura. O pavilhão de exposições é muito quente, o estacionamento fica longe, o trânsito na região fica caótico, e ficou a impressão de que faltou espaço para comportar tanta novidade. Só não foi pior pela ausência da Audi, que teve o espaço ocupado pela Hyundai e por marcas chinesas. Especificamente sobre a estrutura do Anhembi, é preciso reconhecer que houve avanços nos últimos anos: o mezzanino central foi retirado, o que favoreceu a circulação de ar, e foi criada uma pista de acesso ao estacionamento para desafogar a marginal Tietê. Mas ainda não é o ideal. O certo seria fazer a mostra em outro local, uma velha reivindicação das empresas que participam do evento. Quem sabe em 2010? Nos vemos lá! A coluna Salão para Sonhar é publicada excepcionalmente nesta quinta (6)
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